Seis brasileiros são barrados por dia em Lisboa
A cabeleireira brasileira Michele Silva, de 32 anos, chegou a pensar em separação depois de ter sido impedida de entrar em Portugal em março. "Meu marido estava desempregado no Brasil, viajou como turista no fim do ano passado e em uma semana conseguiu trabalho na região de Lisboa", conta. Quando ela foi fazer o mesmo caminho, cinco meses depois, acabou barrada. "Foi um trauma. Na hora tive crise alérgica e chorei a noite toda."
A pressão migratória que levou o consulado de Portugal em São Paulo a suspender o recebimento de novos pedidos de cidadania também se vê no aumento "significativo" de casos como o de Michele registrados pelo Itamaraty nos primeiros meses de 2018. Nesta sexta-feira, 26, o Ministério das Relações Exteriores confirmou, em nota, que "o crescimento (de recusados) nos primeiros meses de 2018 foi bastante significativo e o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa tem transmitido às autoridades portuguesas a preocupação do governo brasileiro quanto ao aumento no número de casos".
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